Douglas Viegas
Cabuloso, venenoso e explosivo é Douglas Viegas, ou o famoso e poderosíssimo NINJA como normalmente é chamado, cara que se formou no basquete e dividiu conosco do STREETOPIA, uma verdadeira história de troca, devoção e gratidão pelo esporte.
Tudo começou em 1995 na Escola Estadual Ministro Costa Manso, quando seu colega de classe, o Fred Bezerra, passou a questiona-lo devido a sua altura, o porquê de não jogar basquete. Apesar de praticar outras modalidades esportivas, esses questionamentos lhe serviram como um baita estímulo, e qualquer coisa a partir daí se tornou uma busca incessante pelo aro – qualquer parque, qualquer quadra e principalmente cabular aulas as sextas feiras a tarde para assistir NBA Action, programa transmitido pela Rede Bandeirantes de Televisão.
Outros dois amigos de infância e vizinhos, os irmãos Ricardo e Fernando, cultivavam a mesma paixão e também foram peças fundamentais que contribuíram com o amor de Ninja pelo basquete. Jogavam 21 no quintal de casa, colecionavam os hoje clássicos ‘Upper Deck Cards’ e ficavam imersos por horas no vídeo game jogando NBA Jam e NBA Live.
Apesar de sua escola ser tradicionalmente tomada pelo futebol, o amor pelo basquete já era tão grande, que conseguiram converter o ‘EE Ministro Costa Manso’ em um verdadeiro reduto da bola laranja, época marcada também pelo seu imenso desejo em se tornar um jogador federado onde fez seu primeiro teste em um clube, mas infelizmente não foi aprovado.
Em um outro momento, Ninja faria seu segundo teste, e desta vez no clube Banespa. Na ocasião, Padola, que hoje é um grande nome do basquete nacional, o convidou para treinar: “O Padola me perguntou se eu era sócio do clube e aí ele falou que era para eu começar a treinar…”
Desde o primeiro momento de Ninja com a bola de basquete, ele sempre soube exatamente o que iria fazer. A obsessão pela vontade de se tornar um jogador, era combustível que lhe servia para aproveitar cada minuto e cada detalhe de seus dias de treino. Apesar de fazer parte da equipe do clube, ainda não participava dos jogos mas era um enorme prazer estar ali.
“Só de eu estar no time, já era tudo pra mim. Esse senso de estar no time, fazer parte de uma equipe de basquete, era a coisa mais foda do mundo…”